Foto mostra uma pessoa preocupada em seu trabalho

Quiet firing nas empresas: como identificar sinais, evitar riscos e proteger a saúde organizacional

23 Dezembro 2025

Entenda o que é quiet firing e como essa prática pode ser evitada nas empresas

Nos últimos anos, muitas equipes de RH e DP vêm relatando situações em que colaboradores começam a perceber reduções de responsabilidades, afastamento de projetos e falta de retorno sobre seu desempenho. 

Em alguns casos, esse conjunto de comportamentos pode caracterizar o “quiet firing” (desligamento indireto ou demissão silenciosa, em traduções livres), uma prática que cria condições que levam à saída do funcionário sem um processo formal de desligamento.

Prevenir o quiet firing reduz a rotatividade, protege a produtividade e fortalece a confiança interna, especialmente em empresas que buscam políticas mais claras e relações de trabalho mais sustentáveis.

Confira no post da Pluxee sobre o tema:

O que é quiet firing?

O “quiet firing”, também chamado de desligamento silencioso, ocorre quando os gestores criam um ambiente tão insatisfatório que o próprio colaborador se sente levado a pedir demissão. 

Em suas formas mais graves, envolve pressão psicológica para pedir demissão, exclusão sistemática de atividades, ausência constante de feedback e redução de autonomia.

Essa dinâmica difere do “quiet quitting”, que é quando o profissional cumpre apenas as tarefas mínimas esperadas, sem engajamento adicional. No quiet firing, a iniciativa parte do gestor; e no quiet quitting, do colaborador.

Quais são os sinais de quiet firing?

A seguir, um conjunto de sintomas práticos que podem ajudar os gestores de pessoas a identificar casos de uma possível demissão silenciosa por parte da empresa:

  • Redução abrupta de responsabilidades, sem explicação ou justificativa;
  • Exclusão de reuniões, decisões ou projetos que antes faziam parte do escopo do colaborador;
  • Falta persistente de feedback, tanto corretivo quanto de desenvolvimento;
  • Distribuição desigual de tarefas entre pessoas de níveis semelhantes;
  • Mudanças de horário ou alocação sem comunicação prévia;
  • Casos repetidos de pressão psicológica no trabalho, como silenciar ideias, ignorar solicitações ou isolar fisicamente o colaborador.

Impactos organizacionais: o que o quiet firing provoca?

Quando práticas silenciosas de desligamento se consolidam, os efeitos sobre a equipe são imediatos e mensuráveis. A demissão silenciosa provoca queda de moral, aumento do turnover e prejuízos diretos à produtividade. Além disso:

  • Danifica a credibilidade da liderança;
  • Gera insegurança entre colaboradores que observam o comportamento;
  • Dificulta a retenção de talentos;
  • Compromete processos internos, já que tarefas deixam de ser distribuídas de forma clara;
  • Pode evoluir para situações de assédio moral no trabalho, principalmente quando há humilhações sutis, isolamento contínuo ou constrangimentos repetidos.

A médio prazo, organizações que normalizam esse tipo de conduta enfrentam maiores custos com reposição de pessoal, treinamentos e recuperação do clima interno.

Como evitar o quiet firing?

Como os gestores podem atuar de forma preventiva?

O primeiro passo é estabelecer rotinas claras de acompanhamento e desenvolvimento. Ações práticas incluem:

  • Formalizar rituais de feedback: conversas frequentes evitam silêncios prolongados que podem reforçar percepções equivocadas e comportamentos de desligamento indireto;
  • Definir expectativas com precisão: objetivos difusos abrem espaço para interpretações perigosas. Clareza reduz riscos de injustiça e protege tanto a gestão quanto o colaborador;
  • Documentar mudanças de função: alterações de escopo devem vir acompanhadas de contexto, prazo e objetivos. Reduzir responsabilidades sem explicar o motivo pode ser interpretado como demissão silenciosa por parte da empresa;
  • Promover treinamentos de liderança: muitos casos de quiet firing não são intencionais, e surgem da falta de preparo em comunicação, delegação e gestão de conflitos.

Que ações concretas as empresas devem adotar?

Além da atuação direta dos gestores, existem diversas políticas organizacionais que podem ajudar a reduzir riscos:

Políticas de feedback e alinhamento contínuo

Estabelecer processos formais de feedback (trimestrais, semestrais ou conforme o ciclo de desempenho) limita comportamentos que criam condições que levam à saída do colaborador sem clareza.

Diretrizes claras sobre condutas inadequadas

Empresas devem deixar explícito o que caracteriza assédio moral no trabalho, bem como quais atitudes configuram pressão psicológica no trabalho. Textos objetivos, canais de denúncia e treinamentos periódicos previnem ambiguidades.

Ações de suporte ao bem-estar

Programas de saúde e práticas de apoio emocional facilitam a identificação e a redução de comportamentos inadequados de lideranças ou equipes.

Benefícios corporativos e segurança financeira

Soluções como vale-alimentação, vale-refeição e cartão multibenefícios ajudam a elevar o bem-estar geral e reforçam vínculos de longo prazo. Embora não eliminem os riscos de quiet firing, contribuem para um ambiente onde relações são mais transparentes e saudáveis. 

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Perguntas rápidas sobre quiet firing

O quiet firing é ilegal?

Não há um artigo específico na legislação que use esse termo. No entanto, quando práticas de pressão psicológica para pedir demissão ou isolamento se repetem de forma sistemática, elas podem ser enquadradas como condutas abusivas ou assédio moral no trabalho, dependendo do contexto.

O que o colaborador deve fazer ao identificar sinais?

O ideal é registrar situações, buscar diálogo com a liderança imediata e, se necessário, levar o caso ao RH ou a canais internos de denúncia.

Todo afastamento de projetos configura quiet firing?

Não. Mudanças estruturais, redistribuição estratégica de tarefas e reorganizações são comuns. O problema começa quando não há justificativa, comunicação ou proporcionalidade.

Concluindo

Compreender o quiet firing, o que significa, reconhecer seus sinais e fortalecer práticas de comunicação reduz riscos organizacionais e protege a saúde do ambiente de trabalho. Empresas que estruturam políticas transparentes, capacitam lideranças e tratam benefícios (como os oferecidos pela Pluxee) como parte da estratégia de cuidado têm mais previsibilidade, menor turnover e relações mais equilibradas.

Mais do que evitar práticas negativas, trata-se de construir políticas consistentes que reforcem segurança, respeito e responsabilidade na gestão de pessoas.

Na prática

  • Práticas de demissão silenciosa prejudicam o clima e elevam a rotatividade;
  • Sinais como isolamento, retirada de responsabilidades e falta de feedback devem ser monitorados;
  • Programas de comunicação clara e desenvolvimento de liderança reduzem riscos de quiet firing;
  • Benefícios corporativos bem estruturados ajudam a fortalecer confiança e bem-estar.

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