Tendências de RH 2026: gestão baseada em dados, eficiência e humanização
15 Dezembro 2025
Conheça mais sobre as prioridades que definem o futuro do RH e as ferramentas que a sua empresa precisa para crescer de forma sustentável em 2026, retendo e atraindo novos talentos.
Após anos de experimentação tecnológica e adaptação a modelos híbridos, 2026 marca a etapa de consolidação baseada em evidências: decisões de RH devem apoiar resultados mensuráveis. Para a área de Recursos Humanos, ou para os responsáveis por essas decisões em empresas menores, mais do que testar ferramentas, é preciso comprovar como cada iniciativa impacta a sustentabilidade do negócio.
O cenário atual exige maturidade: a competitividade por talentos qualificados permanece alta, mas agora divide espaço com uma pressão inédita por eficiência operacional, principalmente nas pequenas e médias empresas.
E para gestores e donos de empresas, entender o futuro do RH não é um exercício de futurologia, mas uma necessidade de sobrevivência financeira e cultural. Diante disso, duas prioridades tornam-se essenciais para o planejamento deste ano: a integração de dados para retenção de talentos, já que uma gestão fragmentada gera pontos cegos que resultam em turnover indesejado; e a automação estratégica, substituindo processos manuais por uma gestão digital integrada, reduzindo custos administrativos e ajudando a mitigar passivos trabalhistas decorrentes de erros de cálculo.
Pensando nisso, a Pluxee mapeou as principais tendências de RH para o próximo ano, apoiadas em dados de mercado e também em nossa experiência no setor. Neste post, você vai ver:
- Flexibilidade: de bônus a requisito de negócio
- A saúde mental no P&L (Perdas e Lucros)
- Inteligência artificial: eficiência na aquisição e no desenvolvimento de Talentos
- Gestão de frotas e mobilidade: o fim da burocracia
- A era do "skills-first" (habilidades primeiro)
- Transparência radical e retenção
- Concluindo
Flexibilidade: de bônus a requisito de negócio
Mais do que nunca, a flexibilidade nos benefícios corporativos deixou de ser um diferencial competitivo para se tornar um pré-requisito básico. E uma das novas tendências de RH para 2026 é a personalização sob demanda desses pacotes, reforçando como o modelo de "tamanho único" perdeu a validade frente a uma força de trabalho multigeracional.
O que os dados dizem:
Segundo a 32ª edição do Índice de Confiança da Robert Half, a maioria dos profissionais afirma que a opção de benefícios flexíveis é um fator decisivo para aceitar uma proposta de emprego ou permanecer na empresa atual. Além disso, organizações que oferecem essa flexibilidade registram uma satisfação maior em suas equipes.
Para operacionalizar essa demanda sem criar um caos administrativo, uma tecnologia de gestão centralizada é fundamental. Cartões multibenefícios como os da Pluxee, que permitem ao colaborador movimentar saldos entre diferentes carteiras, eliminam a burocracia de gerir múltiplos fornecedores e entregam valor percebido imediato aos colaboradores.
A saúde mental no P&L (Perdas e Lucros)
O Brasil registra um aumento reconhecido de transtornos mentais, impactando diretamente na produtividade e nos custos empresariais. As estratégias de RH para 2026 precisam tratar o tema não como uma forma de assistencialismo, mas como uma gestão de risco e de desempenho financeiro.
O que os dados dizem
Os dados demonstram uma correlação direta entre o bem-estar psicológico e a linha final do balanço financeiro. O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo pela OMS (Organização Mundial da Saúde), e dados do ISMA-BR (International Stress Management Association Brasil) indicam que ao menos 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem de Burnout.
O custo econômico é severo: a falta de gestão de saúde mental custa à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade.
Ações imediatas para gestores
Para evitar sobrecarregar os custos com sinistralidade alta nos planos de saúde ou absenteísmo, a gestão deve ser proativa. Isso envolve monitorar horas extras excessivas através do controle de ponto e utilizar benefícios voltados ao bem-estar como ferramentas preventivas. Investir na saúde do colaborador é proteger o caixa da empresa contra custos imprevistos de afastamentos.
Inteligência artificial: eficiência na aquisição e no desenvolvimento de talentos
Diferente da fase de expectativa excessiva vista em 2024, e da experimentação em 2025, o foco em 2026 é puramente em eficiência operacional para liberar o RH para cuidar de pessoas. As novidades do RH nesse campo são práticas e voltadas para a redução do trabalho braçal e a melhoria da qualidade nas interações.
O que os dados dizemUma pesquisa recente da Gartner aponta que 81% dos líderes de RH já exploraram ou implementaram soluções de IA para melhorar a eficiência dos processos.
A estimativa é que o uso correto de automação e IA reduza em até 30% o tempo gasto com tarefas administrativas manuais, permitindo que a equipe de RH dedique mais tempo a estratégias de retenção e coaching.
Quais tarefas automatizar primeiro para aumentar a produtividade?
A automação deve começar pelos processos mais intensivos em tempo e volume de dados que não se relacionam diretamente com a gestão de benefícios ou conformidade regulatória central.
- Recrutamento e seleção: utilizar IA para a triagem inicial de currículos, criando shortlists com base em competências e não apenas em títulos. A IA também pode gerar descrições de cargo otimizadas e personalizadas;
- Desenvolvimento de Talentos: mapear lacunas de habilidades de maneira inteligente e sugerir trilhas de aprendizado personalizadas para cada colaborador, aumentando a eficácia dos investimentos em upskilling;
- Comunicação interna: criar chatbots de conhecimento interno para responder a perguntas rotineiras de colaboradores (sobre políticas, onboarding ou processos) 24/7, desonerando o time de RH.
O uso ético da IA tem o poder de tornar o RH mais ágil e estratégico, garantindo que o tempo economizado seja investido em ações de engajamento e experiência do colaborador.
Gestão de frotas e mobilidade: o fim da burocracia
Muitas vezes ignorada nas listas de tendências de gestão de pessoas, a mobilidade corporativa é um problema recorrente crucial para equipes comerciais e técnicas. Em 2026, a facilidade de deslocamento e a gestão inteligente de veículos serão vistas como parte da experiência do colaborador e da eficiência financeira.
O que os dados dizem
Os indicadores críticos incluem o custo por quilômetro rodado, tempo médio de reembolso e taxa de conformidade nas notas fiscais. Estudos de mobilidade corporativa mostram que a burocracia no reembolso de despesas é uma das top 5 reclamações de times externos.
Além disso, a má gestão de frotas pode encarecer os custos operacionais em até 20% devido a fraudes, rotas ineficientes ou manutenção corretiva não planejada.
Automatizar o vale-combustível e a gestão de frotas elimina o atrito entre o colaborador e a empresa. Plataformas como a Pluxee, que centralizam esses pagamentos e geram relatórios automáticos, transformam dados dispersos em inteligência de negócio, permitindo ajustes de rota e orçamento em tempo real.
A era do "skills first" (habilidades primeiro)
O diploma universitário tradicional continua relevante, mas está perdendo o protagonismo para as habilidades práticas e adaptabilidade. Uma das grandes tendências de RH é a contratação e a promoção baseada no que a pessoa sabe fazer, e não somente em seus cargos anteriores.
O que os dados dizem
O Fórum Econômico Mundial, em seu relatório Future of Jobs, estima que 44% das habilidades essenciais dos trabalhadores mudarão nos próximos cinco anos. Isso cria uma lacuna de talentos que só pode ser preenchida com requalificação (reskilling).
Mudança de mindset
Para a área de Recursos Humanos, isso exige ferramentas de avaliação de desempenho mais dinâmicas e orçamentos voltados para treinamento. Empresas que facilitam o acesso à educação contínua via benefícios específicos conseguem preencher vagas críticas internamente, reduzindo custos de recrutamento.
Por fim, o futuro do RH em 2026 exige clareza absoluta nas relações de trabalho: os colaboradores demandam saber como seu tempo está sendo computado e se seus direitos estão sendo respeitados.
O que os dados dizem
Empresas com altos índices de transparência têm taxas de retenção de talentos 50% maiores do que a média. A falta de clareza no controle de horas ou na política de benefícios é um motor frequente de desengajamento.
Adotar sistemas de controle de ponto digital que sejam acessíveis ao colaborador reduz o risco de desconfiança de forma mensurável. Quando o funcionário tem acesso ao seu banco de horas na palma da mão, a relação de trabalho torna-se parceria, mitigando riscos jurídicos para a PME.
Concluindo
Ao analisar essas novas tendências de RH, fica claro que o diferencial competitivo não é uma solução rápida ou ilusória, mas sim uma gestão consistente.
Para 2026, o gestor de pessoas deve revisar três pilares:Flexibilidade: seus benefícios oferecem escolha real?Eficiência: seus processos operacionais são automatizados ou manuais?Humanização: sua gestão de saúde é preventiva ou reativa?
As estratégias de RH vencedoras serão aquelas que utilizarem parceiros de tecnologia para automatizar o burocrático, permitindo que os líderes foquem no desenvolvimento humano e na estratégia do negócio. Preparar-se agora é garantir um 2026 de crescimento sustentável.
Na prática:
- Benefícios flexíveis e personalizáveis são fatores decisivos para retenção. Mensure adesão e satisfação;
- Saúde mental tem impacto direto no P&L: trate como gestão de risco e monitore sinistralidade e absenteísmo;
- IA e automação reduzem tarefas administrativas. Priorize processos repetitivos e mensuráveis;
- Gestão de frotas e mobilidade são diferenciais de experiência para equipes externas, automatizando reembolsos e rotas;
- Transparência operacional aumenta retenção e confiança; implemente controles digitais acessíveis ao colaborador.
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