vários jovens sorrindo em ambiente corporativo.

Como contratar um jovem aprendiz?

30 Setembro 2025

Saiba mais sobre como funciona o processo de contratação de jovens aprendizes e como essa iniciativa pode fortalecer sua empresa ao desenvolver novos talentos.

Contratar um jovem aprendiz é cumprir uma obrigação legal, mas também é uma ótima oportunidade estratégica para empresas que desejam formar novos talentos, estimular a diversidade geracional em seus times e contribuir para o desenvolvimento social. 

E para a gestão de pessoas, entender como funciona a contratação de jovem aprendiz e como implementá-lo de forma eficaz é fundamental para garantir a conformidade do processo e os resultados práticos no dia a dia da operação.

Neste post, a Pluxee te explica passo a passo como contratar um jovem aprendiz, quais são as regras para contratar o jovem aprendiz, o funcionamento desse contrato de aprendizado diferenciado e mostra como o processo de integração pode ser estruturado para maximizar os benefícios dessa iniciativa. Vem com a gente!

O que é o programa Jovem Aprendiz?

O programa Jovem Aprendiz foi criado com o objetivo de inserir adolescentes e jovens adultos no mercado de trabalho por meio de contratos especiais, que conciliam formação teórica e prática, criando uma oportunidade para que o jovem aprenda uma profissão enquanto adquire experiência profissional na vida real, com carga horária reduzida e condições diferenciadas.

Para as empresas, além do cumprimento da cota prevista em lei, a contratação de aprendizes abre espaço para a formação de profissionais alinhados à cultura organizacional, ainda em início de carreira, possibilitando o desenvolvimento de talentos internos desde cedo.

Qualquer empresa pode contratar Jovem Aprendiz? 

A contratação é obrigatória apenas para médias e grandes empresas, que devem cumprir a cota prevista em lei. Já as microempresas e empresas de pequeno porte (ME e EPP) não são obrigadas, mas podem aderir ao programa de forma facultativa, caso desejem.

Muitos também se perguntam se MEI pode contratar Jovem Aprendiz. A resposta atual é não, já que a legislação não prevê essa possibilidade dentro desse regime.

Por que contratar jovens aprendizes?

Antes de explicarmos em mais detalhes como contratar menor aprendiz, é importante destacar as principais vantagens que tornam essa modalidade atrativa:

  • Formação de talentos: o jovem aprendiz é um profissional em formação, e isso permite que a empresa molde suas competências desde o início;
  • Inovação e energia: novas gerações trazem olhares atualizados sobre tendências e tecnologias, além de motivação para aprender;
  • Fortalecimento da marca empregadora: investir em programas de inclusão e desenvolvimento social contribui para a reputação da empresa;
  • Conformidade legal: empresas de médio e grande porte precisam cumprir cotas mínimas de contratação de aprendizes, e estar em dia evita problemas trabalhistas.

Para pequenas empresas, mesmo sem obrigatoriedade, contratar aprendizes pode ser uma escolha estratégica para garantir mão de obra jovem, em formação e com potencial de crescimento interno.

Como contratar um jovem aprendiz: passo a passo

1. Defina as áreas e funções adequadas

O primeiro passo é identificar em quais setores da empresa há espaço para que o aprendiz atue de forma produtiva e, ao mesmo tempo, tenha condições de aprendizado. Funções administrativas, atendimento ao cliente, apoio em setores financeiros ou até suporte em áreas técnicas podem ser opções.

É essencial lembrar que o aprendiz não pode realizar atividades insalubres, perigosas ou que comprometam sua saúde e segurança. Por isso, o mapeamento prévio de funções é fundamental.

2. Escolha uma entidade formadora parceira

O contrato de Jovem Aprendiz exige a participação de uma entidade formadora, como escolas técnicas, instituições do Sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat, Sesc, etc.) ou ONGs credenciadas. Essas organizações são responsáveis por oferecer a formação teórica, que deve ser complementada pela prática dentro da empresa.

O RH precisa buscar uma entidade confiável, que ofereça cursos alinhados à área de atuação da empresa. Uma boa parceria garante que o aprendizado seja realmente relevante para ambas as partes.

3. Estruture o contrato de aprendizagem

O contrato do menor aprendiz é especial e possui características próprias:

  • Prazo determinado (geralmente até dois anos);
  • Jornada reduzida (em média de 4 a 6 horas diárias, nunca ultrapassando 30 horas semanais);
  • Remuneração proporcional à jornada;
  • Inclusão em benefícios básicos (vale-transporte e, em alguns casos, vale-alimentação/refeição, dependendo da política interna).

Nesse ponto, o RH deve se atentar a todos os detalhes para evitar inconsistências jurídicas e assegurar uma experiência justa para o jovem.

4. Recrutamento e seleção

O processo seletivo para aprendizes pode ser simplificado, mas ainda deve ser estruturado. Algumas práticas recomendadas incluem:

  • Divulgação em canais estratégicos: escolas, entidades formadoras e plataformas de emprego jovem;
  • Foco no potencial, não na experiência: já que a maioria dos candidatos terá pouca ou nenhuma vivência profissional;
  • Avaliação comportamental: interesse em aprender, proatividade e alinhamento cultural são aspectos mais importantes que habilidades técnicas no início.

5. Integração e onboarding

Após a contratação, o jovem aprendiz precisa de um processo de integração bem planejado. Lembre-se: na maioria dos casos, essa é a primeira experiência profissional desse colaborador.

Alguns pontos essenciais para o onboarding:

  • Apresentação da empresa e da equipe: explicar a cultura, os valores e o papel do aprendiz dentro do time;
  • Orientações claras: detalhar as responsabilidades de forma objetiva e acessível;
  • Mentoria ou acompanhamento: designar um gestor ou colega de referência para auxiliar o jovem no dia a dia;
  • Feedback constante: é fundamental dar retornos construtivos para o desenvolvimento do aprendiz.

Essa etapa é crucial para que o jovem se sinta acolhido e motivado a dar o melhor de si, além de reduzir riscos de rotatividade.

Boas práticas para empresas que contratam aprendizes

Além do processo de contratação, algumas boas práticas ajudam a potencializar os resultados:

  • Crie um plano de desenvolvimento: estabeleça objetivos de aprendizado e acompanhe o progresso do jovem durante o contrato;
  • Ofereça treinamentos internos: mesmo que básicos, ajudam a complementar a formação prática;
  • Promova inclusão e respeito: lembre-se de que o aprendiz pode estar em uma fase de adaptação social e profissional;
  • Avalie a efetivação: ao final do contrato, considere a possibilidade de efetivar o aprendiz em uma vaga efetiva, aproveitando o investimento já realizado em sua formação.

Desafios e pontos de atenção

Apesar das vantagens, a contratação de aprendizes também traz desafios que o RH deve estar preparado para enfrentar:

  • Necessidade de acompanhamento constante: jovens em início de carreira precisam de supervisão e orientação frequente;
  • Equilíbrio entre teoria e prática: garantir que a rotina na empresa não comprometa a carga horária de formação teórica;
  • Expectativas realistas: é preciso compreender que o aprendiz está em fase de aprendizado e não terá a mesma produtividade de um colaborador experiente.

Saber equilibrar esses pontos faz toda a diferença para o sucesso do programa.

O papel estratégico do RH e dos gestores

Para empresas de menor porte, a gestão de pessoas tem um papel ainda mais central na implementação de um programa de aprendizes bem-sucedido: essa iniciativa vai além do cumprimento de cotas ou preencher vagas, e também é uma oportunidade de desenvolver futuros profissionais alinhados à cultura e às necessidades da organização.

Gestores que acolhem e orientam aprendizes de forma adequada também fortalecem suas equipes, criam laços de confiança e preparam sucessores para posições futuras.

A importância do programa jovem aprendiz

Contratar um jovem aprendiz não deve ser visto apenas como uma exigência legal ou uma ação de responsabilidade social. É uma estratégia inteligente para empresas que querem investir no futuro, desenvolver talentos internos e fortalecer sua marca empregadora.

Para o RH e gestores, o segredo está em estruturar bem o processo de contratação, escolher as funções certas, contar com entidades formadoras de qualidade e investir em um onboarding acolhedor.

Com isso, a experiência é enriquecedora não apenas para o jovem, mas também para toda a equipe, que ganha em diversidade, inovação e engajamento!

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