
O que é o EBITDA e como calcular corretamente
22 Maio 2025
Entenda mais sobre essa métrica, o cálculo e por que ela é fundamental para avaliar a saúde financeira da empresa de maneira estratégica.
No universo corporativo, especialmente para quem atua em áreas estratégicas, compreender diferentes indicadores financeiros pode parecer um desafio — mas é essencial para uma atuação mais integrada ao negócio. E um desses indicadores, muitas vezes mencionado em reuniões de diretoria e apresentações de resultados, é o EBITDA.
Embora à primeira vista pareça um conceito restrito ao financeiro, entender o EBITDA, o que é, como calculá-lo corretamente e qual sua relevância para o planejamento e a tomada de decisão pode abrir portas para uma atuação mais analítica e colaborativa de todas as áreas, principalmente em empresas orientadas por performance.
E para te ajudar, a Pluxee vai explicar de forma clara e objetiva o que é o EBITDA, como ele é calculado levando em conta diferentes tamanhos de empresa, e qual a sua importância para a saúde financeira do negócio. Continue lendo e confira!
O que é o EBITDA?
Antes de qualquer coisa, é essencial esclarecer o que exatamente é o famoso “EBITDA”.
Geralmente pronunciado como uma única palavra para facilitar o diálogo, na verdade, ele é a sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que pode ser traduzido como Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
Em termos mais simples: é um indicador que mostra o potencial de geração de caixa de uma empresa a partir de suas atividades operacionais, desconsiderando custos financeiros e contábeis que não afetam diretamente o fluxo de caixa operacional.
Com isso, o EBITDA foca exclusivamente no resultado operacional do negócio, sem interferência de decisões financeiras (como empréstimos), políticas fiscais (impostos) e efeitos contábeis (depreciações e amortizações).
Essa métrica é amplamente utilizada para:
- Avaliar a eficiência operacional;
- Comparar empresas de diferentes portes ou setores;
- Servir como base para valoração de empresas em processos de fusão, aquisição ou investimento;
- Apoiar o planejamento estratégico e a gestão de custos.
Qual é a fórmula do EBITDA?
A fórmula tradicional do EBITDA é:
EBITDA = Lucro Operacional (ou Lucro Antes dos Juros e Impostos – EBIT) + Depreciação + Amortização
No entanto, se a empresa não divulga diretamente o EBIT, é possível calculá-lo a partir do lucro líquido, com a seguinte fórmula:
EBITDA = Lucro Líquido + Juros + Impostos + Depreciação + Amortização
A escolha entre uma fórmula ou outra depende da estrutura contábil da empresa e da forma como seus dados estão organizados: em empresas de grande porte, o EBIT costuma estar disponível em relatórios financeiros detalhados. Já em empresas menores, pode ser necessário partir do lucro líquido e adicionar os itens apropriados.
Como calcular o EBITDA na prática?
Vamos ilustrar como calcular o EBITDA com um exemplo prático e simplificado.
Uma empresa teve os seguintes resultados no período:
- Lucro líquido: R$ 800.000
- Juros: R$ 100.000
- Impostos: R$ 200.000
- Depreciação: R$ 150.000
- Amortização: R$ 50.000
Aplicando a fórmula:
EBITDA = 800.000 + 100.000 + 200.000 + 150.000 + 50.000 = R$ 1.300.000
Isso significa que a empresa gerou R$ 1,3 milhão de resultado operacional antes dos efeitos financeiros e contábeis.
O que o EBITDA revela – e o que não revela?
O EBITDA é considerado um indicador poderoso e muito importante justamente por mostrar quanto a empresa gera de valor em suas operações, sem que fatores externos distorçam essa análise. Porém, ele não é uma medida definitiva de lucratividade, já que ele não leva em conta:
- Investimentos e dívidas da empresa;
- Custos financeiros reais (juros de empréstimos, por exemplo);
- Impostos obrigatórios;
- Despesas com depreciação e amortização, que embora não envolvam saída de caixa imediata, representam perda de valor dos ativos.
E por isso, o EBITDA não substitui outros indicadores financeiros, como lucro líquido ou fluxo de caixa, e sim, complementa a análise financeira, oferecendo novas maneiras de avaliar o desempenho da empresa como um todo.
A margem EBITDA ideal varia conforme o setor, mas, de forma geral, uma margem entre 10% e 20% já é considerada saudável. Empresas com margens acima de 20% costumam indicar alta eficiência operacional, enquanto uma margem EBITDA muito baixa pode sinalizar necessidade de ajustes nos custos ou no modelo de negócio.
Por que o EBITDA é importante para empresas de diferentes portes?
Grandes empresas
Em grandes corporações, o EBITDA é frequentemente utilizado por investidores e conselheiros para avaliar a rentabilidade do negócio sem considerar aspectos contábeis que podem variar entre países ou setores. Também é muito relevante para processos de fusões e aquisições, já que oferece uma visão objetiva da performance operacional.
Pequenas e médias empresas (PMEs)
Mesmo em empresas menores, o EBITDA é útil para identificar gargalos operacionais, controlar despesas e avaliar o desempenho com mais clareza. Ele também pode ser um diferencial na busca por crédito ou investidores, pois demonstra a capacidade de geração de caixa, independentemente das obrigações fiscais ou contábeis.
Para PMEs, calcular o EBITDA com regularidade é uma forma de amadurecer a gestão financeira e preparar o negócio para escalabilidade e um crescimento saudável e estratégico.
Dicas para calcular o EBITDA corretamente
Para obter uma análise eficaz, é importante seguir boas práticas:
- Utilize dados atualizados e auditados, especialmente em empresas com maior complexidade contábil;
- Padronize os cálculos ao longo dos períodos, para garantir comparabilidade;
- Desconsidere receitas e despesas não recorrentes, pois podem distorcer a análise do desempenho operacional real;
- Em empresas menores, conte com o apoio de contadores ou consultores financeiros para validar os números.
Concluindo
O EBITDA é muito mais do que uma métrica contábil: é uma ferramenta poderosa para que empreendedores avaliem a eficiência operacional do negócio, identifiquem oportunidades de melhoria e tomem decisões com base em dados sólidos. Entender o quanto a operação gera de caixa, independentemente de fatores externos como impostos ou dívidas, é essencial para manter a saúde financeira e planejar o crescimento sustentável da empresa.
E na Pluxee, sabemos que uma boa gestão de custos — principalmente quando falamos de benefícios corporativos — é parte importante desse processo. Por isso, oferecemos soluções completas para ajudar negócios de todos os tamanhos a otimizar seus recursos, aumentar a produtividade e melhorar os resultados operacionais, contribuindo diretamente para uma margem de EBITDA mais sólida e competitiva.
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