Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO): entenda a importância
15 Outubro 2025
Implementar o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais significa cuidar das pessoas, evitar passivos trabalhistas e impulsionar a competitividade da empresa.
A gestão de pessoas e processos dentro das organizações vai muito além do recrutamento, da folha de pagamento e dos benefícios: um dos pontos fundamentais é a saúde e a segurança do trabalho.
Sabendo dessa importância, e para auxiliar na implementação e na manutenção de medidas que garantem esse ponto tão importante, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) é uma ferramenta estratégica que garante conformidade legal, protege colaboradores, reduz custos e fortalece a cultura organizacional.
Para os profissionais de gestão, compreender o que é o GRO na segurança do trabalho e sua importância pode ser determinante para reduzir passivos trabalhistas, evitar acidentes e melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Pensando nisso, a Pluxee preparou um post que explica em detalhes o que é GRO, como ele funciona e quais são os principais benefícios que ele pode trazer para sua empresa. Continue lendo e confira!
O que é o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO)?
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, conhecido pela sigla GRO, é uma exigência estabelecida pela Norma Regulamentadora n.º 1 (NR-1), que estabelece as disposições gerais e o gerenciamento de riscos ocupacionais, revisada em 2019 e em vigor desde março de 2021.
Seu principal objetivo é sistematizar a identificação, a avaliação e o controle dos riscos relacionados às atividades de trabalho, garantindo um ambiente mais seguro e saudável.
Em termos práticos, o GRO é o guarda-chuva sob o qual estão concentradas todas as ações de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Ele exige que cada empresa desenvolva e mantenha um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que é o documento onde ficam registrados os processos de análise, controle e monitoramento dos riscos existentes no ambiente de trabalho.
O GRO e a PGR são a base fundamental de um sistema de gestão contínuo que integra saúde, segurança e estratégia empresarial.
Como o GRO funciona na prática
Implementar um controle de riscos ocupacionais envolve um ciclo contínuo de ações. Não se trata de um checklist pontual, mas de um processo dinâmico que acompanha a evolução da empresa e das atividades de trabalho.
As principais etapas do GRO incluem:
1. Identificação de perigos
O primeiro passo é mapear todas as atividades, processos e ambientes da empresa, identificando os fatores que podem causar acidentes ou doenças. Isso inclui riscos físicos (ruído, temperatura, radiação), químicos (poeiras, vapores), biológicos (vírus, bactérias), ergonômicos (posturas inadequadas, esforços repetitivos) e de acidentes (máquinas, quedas, choques elétricos).
2. Avaliação dos riscos
Depois de identificar os perigos, é preciso analisar o grau de risco associado a cada um, considerando a probabilidade de ocorrência e a gravidade do impacto para os trabalhadores e para o negócio.
3. Definição de medidas de controle
Com base nas avaliações, são implementadas medidas de prevenção e mitigação, que podem ser coletivas (como barreiras de proteção, ventilação, sinalização), administrativas (treinamentos, pausas programadas) ou individuais (uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs).
4. Monitoramento e revisão contínua
O GRO prevê que os riscos devem ser monitorados de forma constante. Sempre que houver mudanças no ambiente de trabalho, como novos equipamentos, processos, produtos ou layout, por exemplo, o programa deve ser atualizado.
5. Registro e comunicação
Todas as etapas precisam ser documentadas no PGR, garantindo rastreabilidade e conformidade legal. Além disso, a comunicação com os colaboradores é essencial para engajar as equipes e reforçar a cultura de prevenção.
Todas as etapas precisam ser documentadas no PGR, garantindo rastreabilidade e conformidade legal. Além disso, a comunicação com os colaboradores é essencial para engajar as equipes e reforçar a cultura de prevenção.
A importância do GRO para as empresas
Para a gestão, o GRO não deve ser visto apenas como uma exigência normativa, mas como um investimento estratégico também. Ele gera benefícios diretos e indiretos que impactam a produtividade, a retenção de talentos e a imagem da organização.
Redução de acidentes e doenças ocupacionais
O benefício mais evidente é a diminuição de incidentes no ambiente de trabalho. Empresas que implementam o GRO reduzem afastamentos, indenizações e processos trabalhistas, além de preservarem a integridade física e mental de seus colaboradores.
Conformidade com a legislação
O não cumprimento das normas de saúde e de segurança pode gerar multas e autuações. O GRO garante que a empresa esteja alinhada às exigências legais, evitando riscos jurídicos e financeiros.
Aumento da produtividade
Ambientes seguros e saudáveis favorecem a concentração, reduzem o estresse e aumentam a motivação. O resultado é uma equipe mais engajada e produtiva, com menores índices de absenteísmo.
Fortalecimento da marca empregadora
Empresas que cuidam da saúde e da segurança de seus colaboradores são vistas de forma mais positiva no mercado, tanto por candidatos quanto por clientes e parceiros. Isso contribui para atrair e reter talentos, algo especialmente valioso para pequenas e médias empresas que competem com grandes players.
Redução de custos operacionais
Embora haja um investimento inicial para implementação do GRO, os ganhos financeiros são claros a médio e longo prazo. A queda no número de acidentes e afastamentos reduz despesas médicas, previdenciárias e jurídicas.
O papel estratégico da gestão de pessoas no GRO
O setor de gestão de pessoas desempenha um papel central no sucesso do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Mesmo em empresas que contam com áreas específicas de Segurança do Trabalho, o RH é responsável por integrar o GRO à cultura organizacional.
Algumas frentes de atuação incluem:
- Treinamento e conscientização: garantir que todos os colaboradores conheçam os riscos e saibam como se proteger;
- Gestão de informações: manter atualizado o histórico de exames médicos, afastamentos e ocorrências de acidentes;
- Engajamento dos líderes: incentivar gestores de equipe a serem multiplicadores da cultura de prevenção;
- Acompanhamento de indicadores: monitorar métricas como taxa de afastamento, incidentes registrados e adesão ao uso de EPIs.
Para pequenas e médias empresas, em especial, o setor de gestão de pessoas muitas vezes acumula a responsabilidade por articular as ações de saúde e segurança, tornando o conhecimento sobre o GRO ainda mais relevante.
Desafios para pequenas e médias empresas
Apesar da importância, a implementação do GRO pode ser desafiadora, principalmente para organizações de menor porte. Entre os principais obstáculos, estão:
- Recursos limitados para contratar profissionais especializados em Segurança do Trabalho;
- Dificuldade de integração do programa à rotina da empresa;
- Baixo engajamento inicial dos colaboradores, que podem ver as medidas apenas como burocracia.
No entanto, existem soluções acessíveis, como o uso de consultorias especializadas, sistemas digitais de gestão e a capacitação contínua das equipes. O importante é não deixar de iniciar o processo!
GRO e a cultura de prevenção: um diferencial competitivo
Mais do que cumprir uma norma, o GRO pode ser um diferencial competitivo. Empresas que incorporam a cultura de prevenção aos seus valores conseguem reduzir riscos, melhorar sua reputação e criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
No cenário atual, onde os profissionais estão cada vez mais atentos à qualidade de vida no trabalho, adotar práticas sólidas de segurança e saúde é também uma forma de valorizar o capital humano.
GRO e PGR são fundamentais para a sustentabilidade da sua empresa
O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) é uma ferramenta essencial para empresas de todos os portes, mas especialmente estratégica para pequenas e médias organizações que buscam crescer de forma sustentável.
Para os profissionais de RH e gestores, entender o funcionamento do GRO é fundamental para alinhar a empresa às normas legais, proteger os colaboradores e fortalecer a cultura organizacional.
E além de uma obrigação pela lei, o GRO deve ser encarado como um investimento em pessoas e no futuro do negócio. Afinal, cuidar da saúde e da segurança no trabalho é cuidar também da longevidade e da produtividade da empresa.
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